Cid coordena escolha do sucessor de Camilo, em encontros com o público e conversas reservadas

O senador Cid Gomes (PDT) não tem discurso pronto e muito menos receita preparada para os encontros regionais do partido. Estão previstos 12, quatro já se foram. Na sua fala, Cid deixa claro que pretende ouvir muito dos aliados avaliações sobre as ações do governo cearense e o ambiente partidário. “Gosto mais de ouvir”, disse o líder do PDT, que comanda aliança com outros 18 partidos.

Ficou claro, nos primeiros encontros, que Cid Gomes quer, também, observar o estilo de comunicação entre os pré-candidatos e a população. “Temos grandes nomes, gente qualificada, quadros de grande valor”, disse, expondo seu ponto de vista sobre Izolda, Roberto Cláudio, Evandro Leitão e Mauro Filho, até aqui, os nomes que se apresentaram ou que surgiram para a eventual disputa ao governo, em 2022.

Ao informar, nos encontros, que não pretende disputar a eleição ou retornar ao governo cearense, Cid foi claro. “Sou homem de uma palavra só”, se referindo à sua decisão de “não voltar aos cargos que já ocupou”. Ele não revela, mas parece ter desejo de ser prefeito de Fortaleza. Essa pauta é para o futuro.

Ao deixar claro que o candidato ao Senado será do PT – o nome é Camilo Santana -, Cid pretende subir no palanque do candidato do PDT ao governo, ao lado dos mesmos 18 partidos que mantém aliança. “Governamos com companheiros de vários partidos”, disse Cid, sinalizando a necessidade de ouvir, avaliar e resolver arranhões.

Impressiona, nesses encontros, o jeito como Cid conduz sua fala. Ao bom estilo coloquial, nomina cada um dos presentes. Diz o nome, tempo de amizade e cita a ocupação de cada um. A forma carinhosa mostra, além do carisma, um estilo meio pastor que cuida das suas ovelhas, ou um padre que convive na sua comunidade. Cid é assim. Seu companheiro de viagem, e que cuida da sua agenda, é Valdir Fernandes, um velho amigo, que conheceu há mais de 30 anos. Penetrar no mundo de Cid Gomes é fácil, o difícil é sair, por conta da gentileza, que está sempre pronta para exibir.

Muitos pensam que o candidato ao governo já está escolhido. Engano. Os vários sinais colocados pelo líder do PDT demonstram que, até junho, muitos debates serão realizados, reuniões internas e pesquisas. O sintoma precisa, na avaliação de Cid, de um diagnóstico feito por muitas mãos, até porque o próprio senador colocou que gosta de ouvir. Em seu escritório de trabalho, em Fortaleza, e no seu gabinete no Senado, em Brasília, escuta muitas lideranças.

Os eventos do PDT estão chegando ao litoral para, depois, alcançar o Sertão Central, o Centro Sul e a Região Metropolitana de Fortaleza. A vibração está começando.

Os informes de Cid Gomes criam motivação. Ele afirmou que Camilo será o candidato ao Senado, que Tasso Jereissati não disputará a eleição e que o candidato ao governo será do PDT. Cid não fala mal de Lula e do PT. “Essa briga é nacional, pela Presidência da República. No Ceará, a maioria do PT quer seguir conosco, mas tem os ‘futriqueiros’, e o fuxico tem mais espaço na mídia do que a verdade”, disse Cid, sem citar nomes.

Fonte: Blog do Roberto Moreira

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