O que o futuro reserva ao presidente que acidentalmente se elegeu

Tem uma pergunta que teima em ser feita, mas que nem os políticos mais experientes se arriscam a responder, e quando o fazem revelam toda a sua insegurança: por que o presidente , carente de votos para se reeleger, fala e faz tudo ao contrário do que deseja a maioria dos brasileiros?

O caso mais flagrante disso é o seu discurso contra a vacinação e, indiretamente, a favor da morte, mas não é o único. A resposta mais frequente à pergunta é: ele quer manter o que lhe resta de seguidores fiéis e, por isso, diz o que eles querem ouvir. Sim, mas eles não lhe bastam para que vença a eleição. E aí?

Para essa nova pergunta também falta resposta convincente. Alguns invocam o lugar comum de que Bolsonaro é assim mesmo e que nunca irá mudar. Outros, que ele já se conformou com a derrota que se avizinha e faz planos para o futuro. Quem sabe uma vida sossegada com a mulher e a filha pequena?

Os que o cercam dizem que Bolsonaro parece sincero ao afirmar que não desejaria a vida que leva nem mesmo para o pior dos seus adversários. Ele nunca imaginou que um dia seria eleito presidente. Não se preparou para isso. Foi surpreendido com o que aconteceu. Governa perplexo, e não vê a hora de ir para casa.

Candidatou-se a presidente para ajudar os três filhos zero a se reeleger e seguir carreira. Espera eleger na próxima eleição uma bancada de políticos comprometidos com as mal costuradas ideias que ele defende. Não que deseje ser derrotado ou que cave a própria derrota, não. Mas sabe que para ele já deu.

Foi-se o tempo que sonhava em convulsionar o país e dar um golpe. Faltou-lhe coragem para tal e apoio suficiente. Deixa que a vida o leve. Quem sabe o acaso não possa favorecê-lo outra vez.

Fonte: Metropole

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