A Petrobras anunciou, na semana passada, mais um reajuste do querosene de aviação (QAV) nas refinarias. O aumento pode chegar a até 11% em comparação à cotação do mês de maio. Com a nova correção, as passagens áreas são pressionadas e também podem ficar mais caras aos consumidores.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o preço do litro do QAV acumula alta de 64,3% só no primeiro semestre deste ano.
A Abear destaca que “não faz sentido a parcela produzida no Brasil ser precificada pelos mesmos critérios do insumo importado”. O QAV produzido em solo brasileiro corresponde a 93% (ou 4,1 bilhões do consumo total de 4,4 bilhões de metros cúbicos) do combustível consumido no país, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP).
Mesmo com a produção brasileira superior aos 90%, o insumo é precificado em dólar, o que influencia diretamente no preço final do produto.
A Abear afirma que o QAV possui um grande potencial para a aviação, já que, corresponde a mais de um terço dos custos totais das companhias.
Fonte: Metrópole