Dodge barrou investigação de Bolsonaro enquanto articulava para se manter no cargo

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, barrou por mais de 120 dias uma investigação contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. Enquanto o processo ficou parado, a jurista articulava para se manter no cargo de chefe de Ministério Público, que termina dia 16 de setembro.

O caso, revelado pela Folha de S. Paulo, mostra que somente na última terça-feira (6), depois de seu nome ter perdido força para ocupar o cargo novamente, Dodge desengavetou os papéis e os mandou de volta para a primeira instância.

A atual procuradora-geral não está na lista tríplice do MP, mas ela já se disse disponível para atuar novamente em “prol do Brasil”. Quem determina o nome que vai ocupar o cargo  é o presidente da república, que garantiu escolher o sucesso de Dodge até sexta-feira 16.

Os casos barrados pela procuradora

O caso barrado por Dodge investiga duas assessoras de Jair Bolsonaro, quando ele ainda era deputado federal pelo Rio de Janeiro. Um dos casos era da  “Wal do açai”, que vendia açaí na praia e prestava serviços particulares Bolsonaro em Angra dos Reis, onde tem casa de veraneio.

O outro caso envolve Nathalia Queiroz, que estava ligada ao gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara ao mesmo tempo em que atuava como personal trainer, situação também revelada pela Folha. Ela é filha de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que se tornou estopim de investigações contra o filho do presidente.

Fonte: CartaCapital

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