Os gritos de “Bolsonaro traidor!” ecoaram na Câmara Federal
Aos gritos de “Bolsonaro traidor”, um tumulto resultou na suspensão de uma sessão da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a reforma da Previdência dos militares, nesta terça-feira 29. Praças, militares da reserva e parentes de militares se manifestaram após a votação do primeiro destaque do texto, que mudaria a tabela de gratificação por habilitação. Na regra atual, os valores variam entre 12% e 73%, enquanto, na proposta sugerida, impõe-se um valor único para militares de todos os níveis.
O destaque foi sugerido pelo PSOL e favoreceria os praças e militares da reserva. Porém, a proposta foi rejeitada por 18 votos a 10, com oposição dos próprios parlamentares governistas.
“Se vamos provocar despesas, que provoquemos despesas com igualdade”, argumentou o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ). “Essa emenda corrige imperfeições, erros e equívocos que aumentam a diferença dentro do corpo das Forças Armadas. Votar contra é votar a favor desigualdade.”
Já o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-RJ), alegou que o Estado teria que desembolsar cerca de 130 bilhões de reais para beneficiar os militares de baixa patente com um valor único de gratificação. “O valor é de mais de 10% do que a gente pretendia economizar com a reforma da Previdência. Infelizmente, nesse momento, não temos condições de aprovar esse projeto. As Forças Armadas são instituições hierarquizadas”, disse o deputado.
Fonte: Revista Carta Capital
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