Para vender Correios, governo avalia como resolver possível demissão de 40 mil servidores

***FOTO EMBARGADA PARA EDITORAS DE LIVROS DIDÁTICOS*** SÃO PAULO, SP, 20.03.2019 – Fachada da agência dos Correios no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo (SP). O processo de reestruturação em andamento nos Correios, que completa 50 anos como empresa pública nesta quarta, pode levar a uma redução de cerca de 20% no número de empregados da estatal, um corte equivalente a 20 mil vagas. (Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress)

Um dos pontos que o governo avalia para a venda dos Correios é o que fazer com um contingente de cerca de 40 mil pessoas que possivelmente vão perder o emprego com a privatização da estatal. Em conversas reservadas, executivos de empresas privadas relataram que fariam o mesmo serviço com praticamente a metade do quadro atual de 100 mil funcionários. O governo não pretende absorver os demitidos –teme criar precedente para os expurgos de estatais vendidas no futuro.

Outro complicador é o passivo de cerca de R$ 11 bilhões deixado pelos governos passados no fundo de pensão Postalis e de R$ 3 bilhões no plano de saúde dos funcionários. O governo avalia como tapar o rombo e honrar o pagamento dos que ainda vão se aposentar. Uma das opções é descontar do valor a receber, mas isso será definido no desenho da venda.

Dada a complexidade e o impacto do tema, a data prevista para a apresentação do formato de privatização ficou para o fim de 2021.

Fonte: Coluna Painel, da Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *