A crise econômica agravada pela pandemia da Covid-19 reforçou estratégias comerciais que até pouco tempo eram impensáveis. Frigoríficos estão comercializando até mesmo opções de ossadas de primeira e de segunda.
Em um dos estabelecimentos visitados pela reportagem do Diário do Nordeste na periferia de Fortaleza, o osso de primeira custa R$ 9 o quilo, enquanto o osso de segunda, R$ 5. As ossadas sempre estiveram presentes nos açougues do Nordeste sendo usadas em caldos, sopas, feijão, entre outros pratos.
No entanto, com a alta no preço dos alimentos, muitas famílias mais vulneráveis passaram a recorrer às ossadas como ítem principal no prato.
“A ossada aumentou demais a procura, porque você bota dentro do feijão e não precisa mais da carne. A gente dos frigoríficos está se sustentando praticamente só com a carne dianteira, que é a carne de segunda”, afirma Vilaneide Bruno, funcionária do Frigorífico Carne do Sol, localizado em Messejana.