O que está por trás da briga pelo comando do União Brasil no Ceará

O mais novo partido do cardápio eleitoral brasileiro de legendas começa a definir seu destino em 2022, nesta terça-feira, 15, durante reunião da executiva nacional, em Brasília, onde pretende iniciar a indicação de nomes para presidir as direções provisórias nos estados. Em algumas unidades da Federação, existe disputa pelo controle do União Brasil. Em outras, o partido tem consenso e está ativo.

O União Brasil tinha tudo para dar errado, mas acabou dando certo. Ele é a fusão do DEM com o PSL. Este era comandado pelo bolsonarista pernambucano, Luciano Bivar, e o DEM pelo baiano ACM Neto, que odeia o presidente. Os dois firmaram um acordo para ficar longe dos candidatos Lula e Bolsonaro, mas Bivar está propondo o rompimento do entendimento, e ACM Neto paquera as candidaturas de Lula e Ciro Gomes.

O União Brasil é uma desunião até mesmo no Congresso Nacional. As legendas perderam deputados e senadores para o PL, o partido de Bolsonaro.

No Ceará, o empresário Chiquinho Feitosa, controlou o DEM por 20 anos. Já o PSL praticamente não existia no Ceará. O deputado Heitor Freire construiu o partido em território cearense, para impulsionar a candidatura de Bolsonaro. Segue no União Brasil, mas não será o líder da legenda, que é disputada pelo deputado Capitão Wagner. O martelo será batido e saberemos quem fica com a sigla da grana e do tempo de rádio e TV.

Mas, porque a disputa pelo controle do União Brasil? A resposta é simples. Tempo é dinheiro. São quase R$ 1 bilhão em recursos com a soma do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral. O partido detém um minuto de rádio e TV. Do ponto de vista político, se tornará forte porque não faltará dinheiro para patrocinar candidaturas.

Fonte: Blog do Roberto Moreia

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