A proposta do PDT a Ciro Gomes para ajudar Lula no 2º turno

Derrotado nas urnas no último dia 2, Ciro Gomes tem sofrido pressão da executiva nacional do seu partido, o PDT, para entrar em campo na reta final do segundo turno.

Como Ciro se recusa a declarar apoio explícito a Lula ou a se engajar na campanha, como fez Simone Tebet (MDB), os pedetistas estão tentando uma alternativa: convencer o correligionário a pelo menos gravar vídeos e fazer declarações públicas para reforçar a artilharia verbal contra a reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

Ou seja: se não pode ajudar Lula diretamente, que pelo menos Ciro parta para o ataque contra o Bolsonaro com sua peculiar verborragia. Ciro, porém, resiste. Ainda não superou a mágoa acumulada contra o ex-presidente e o PT.

Segundo relatos obtidos pela equipe da coluna, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o secretário nacional da legenda, Manoel Dias, têm se empenhado na difícil missão de convencer Ciro a sair da profunda submersão em entrou após ficar em quarto lugar no primeiro turno.

Um dos argumentos dos aliados é o de que o confronto agora é entre a civilização e a barbárie, Lula e Bolsonaro, e que ele precisa se posicionar.

Até agora, ele se limitou a gravar um curto pronunciamento em que afirma acompanhar a decisão do PDT – mas afirmou não acreditar que a “democracia esteja em risco nesse embate eleitoral”. É o contrário do que tem pregado o PT para convencer eleitores indecisos e moderados.

Diante de tanta mágoa e divergência, um interlocutor de Ciro acha que a única forma de convencê-lo a sair do imobilismo seria “o PT fazer mais gestos”. Quais gestos seriam esses? Aparentemente, nem o próprio Ciro sabe.

Fonte: O Globo

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