O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve nesta quinta-feira (20/10) a decisão do ministro Benedito Gonçalves, que determinou a abertura de investigação sobre um suposto esquema de desinformação nas redes sociais com o envolvimento do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.
O ministro deu prazo de três dias para que Carlos Bolsonaro seja ouvido. A lista de pessoas a serem investigadas inclui o próprio presidente.
Benedito Gonçalves determinou ainda que as redes sociais identifiquem quem são os donos de 28 perfis suspeitos de propagarem desinformação sobre o processo eleitoral.
“Os esquemas de difusão de notícias fabricadas para influir indevidamente no pleito, identificados a partir das eleições de 2018, ganharam mais complexidade, encontraram formas elaboradas de financiamento e, infelizmente, confirmaram o potencial danoso da exposição massificada e vertiginosa das pessoas a conteúdos falsos. A sofisticação da aparência e das táticas de distribuição de notícias inverídicas coloca milhões de pessoas em um estado permanente de alerta, à espera da próxima grande revelação. São nefastos os efeitos para a formação da vontade eleitoral que depende de um ambiente sadio, onde divergências possam ser apresentadas com respeito aos fatos”, disse o ministro Benedito Gonçalves sobre a suposta rede de desinformação bolsonarista.