A XP anunciou neste domingo (18/6), em evento na Argentina que reúne 650 sócios de escritórios de assessores, que ultrapassou R$ 1 trilhão em ativos de clientes sob sua custódia, excluindo dessa conta os ativos de clientes do banco Modal, adquirido pela instituição no início do ano passado. “Agora nossa meta é chegar a R$ 2,5 trilhões e à liderança [do mercado de investimentos]”, disse o CEO da XP, Thiago Maffra.
Entre as pessoas físicas, a XP tem 10,6% de participação no volume total de cerca de R$ 6 trilhões em investimentos de brasileiros. Os cinco maiores bancos do país detêm, juntos, 80% desse mercado – um deles, sozinho, tem 25%. Os investimentos de pessoas jurídicas somam outros cerca de R$ 6 trilhões. Os dados são da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.
A expectativa inicial da XP era de alcançar a marca de R$ 1 trilhão no início do ano passado. A elevação das taxas de juro, entretanto, reduziu o ritmo de migração dos investimentos dos clientes de grandes bancos para a plataforma. No balanço do primeiro trimestre, os ativos sob custódia da instituição eram de R$ 954 bilhões, incluindo as marcas XP, Rico e Clear. Em 2017, eram R$ 100 bilhões.
Para Guilherme Benchimol, fundador e presidente do conselho de administração da XP, a fase de juro alto reduziu a velocidade de captação, mas o país está agora entrando em um novo ciclo de crescimento do mercado de investimentos. “Agora, é hora de voltar a levantar as velas novamente”, disse à plateia reunida no hotel Sheraton Buenos Aires. “O Brasil vive ciclos e há uma correlação entre o dólar e o mercado brasileiro [de ações]. De 2000 a 2010, tivemos um ciclo de dólar fraco e de boom de commodities. O Ibovespa subiu quase 600% e o índice S&P ficou entre 40% e 45%. Nos últimos 13 anos, isso se inverteu. Agora, tudo leva a crer que estamos entrando em uma nova fase.”
Fonte: InfoMoney