111 prefeituras cearenses estão com gastos de pessoal acima do limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal

De acordo com dados do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE), nos quatro primeiros  meses deste ano, 52 prefeituras estouraram o limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal para gastos com pessoal. Além disso, outros 59 municípios estão bem próximos da recomendação, o que obriga o TCE a emitir comunicado de alerta aos prefeitos.

A ação da Corte de Contas está prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal e não significa constatação de fraude na contratação de servidores. Trata-se apenas de um ofício para que as gestões públicas fiquem atentas ao assunto que pode implicar os gestores em crime de responsabilidade no futuro

A falta de educação financeira, somada às diversas crises econômicas e às taxas de juros exorbitantes, tem deixado a população nordestina e cearense em uma situação delicada com o próprio orçamento.

Somente com consignado e cartão de crédito, as duas modalidades de crédito mais utilizadas na Região, havia R$ 129 milhões de dívidas inadimplentes em abril deste ano. No Ceará, esse valor é de R$ 21,2 milhões, dos quais R$ 3,1 milhões são de consignado e R$ 18,1 milhões, de cartão de crédito. O Estado só fica atrás de Pernambuco (R$ 27,7 milhões) e da Bahia (R$ 37,9 milhões) em volume de dívidas inadimplentes dessas duas modalidades.

Os dados são do Banco Central, com organização do pesquisador associado da FGV/Ibre, Genaro Lins, e divulgados com exclusividade ao jornal Diário do Nordeste.

O levantamento desenha um panorama do crédito no Nordeste, com foco no consignado e no cartão, que se apresentam como as modalidades mais acessadas, a primeira representando 27% de toda a carteira da Região, enquanto o cartão responde por 20%.

Quando se olha para a inadimplência, a tendência se inverte: o cartão é responsável por 43% e o consignado por apenas 9%.

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