Cid admite saída do PDT. “Está muito difícil”

Atualmente representando grupo majoritário do PDT Ceará no atual racha do partido, Cid Gomes (PDT) não descartou ontem pedir desfiliação da sigla. Apesar de afirmar que toda decisão neste sentido será decidida coletivamente, o senador admite que a convivência no partido ficou “muito difícil”.

Minha decisão será fruto de uma decisão coletiva. Pessoalmente, eu acho que está difícil o clima no PDT, por esse desrespeito à vontade da maioria. Um se impõe, porque é cupincha, porque é amigo antigo, à grande maioria do Diretório do partido no Ceará. Pessoalmente acho que está muito difícil, mas vamos tomar a decisão coletivamente”, disse, em entrevista ao jornalista João Paulo Biage, do jornal O Povo.

GRUPÃO

Cid destaca a existência da possibilidade não só de sua própria desfiliação – uma vez que ele possui mandato majoritário, não atrelado ao PDT –, como também de deputados “cidistas” que integram o seu grupo no partido.

JUSTA CAUSA

Neste sentido, Cid diz que aliados estariam contemplados na tese de justa causa para desfiliação. “O próprio STF prevê a questão da justa causa e, ao meu juízo, nada é mais justa causa do que o que está acontecendo no Ceará”.

REVANCHISMO”

Cid Gomes também criticou “espírito revanchista” que estaria influenciando corrente do PDT Nacional que deferiu o processo de intervenção no partido. “Não basta tomar de assalto o partido, querem humilhar”, afirma.

ALCKMIN

Outra apuração importante de João Paulo Biage: até o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) entrou na história, a pedido do senador Jorge Kajuru (PSB-GO). Em ligação a Cid, Alckmin tentou “entender” a situação no partido.

Por Carlos Mazza, n’O Povo

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