André Figueiredo e o jogo de perde-ganha

Ele já tentou jogar xadrez, mas não se mostrou um bom estrategista. Depois fez um breve ensaio no pôquer e se revelou ruim de blefe, além de pagar qualquer aposta. Agora, acredita ter encontrado o seu verdadeiro talento, ao iniciar um jogo de perde-ganha, quando de forma suicida, assim como é a natureza de seu mais novo entretenimento, partiu para cima do Judiciário do Ceará, ao levantar suspeita sobre a atuação dos magistrados e ainda tentar intimidá-los.

Mas, alguém precisa avisar ao deputado federal André Figueiredo, presidente nacional em exercício do PDT, que o jogo de perde-ganha é, de fato, para perdedores. Não há ganhos. É apenas uma forma de iludir perdedores.

Ao ameaçar “enredar” de magistrados cearenses ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sobre possível agilidade nas ações movidas pelo senador Cid Gomes, presidente do Diretório Estadual do PDT, Figueiredo não pode esperar a complacência dos conselheiros. E isso nada teria a ver com corporativismo.

Figueiredo não atenta que os seus atos como presidente nacional em exercício do PDT partiram de sua vontade ou julgamento próprio, enquanto as ações de Cid foram determinadas pela Justiça. André Figueiredo destituiu Cid Gomes, todas as vezes, por uma vontade unilateral ou pela executiva por ele comandada. Cid retornou todas as vezes ao Diretório do Ceará por meio judicial.

Então, tentar desmoralizar magistrados cearenses é desmoralizar o próprio Poder Judiciário, como se os 15 conselheiros oriundos ou indicados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunais Regionais Federais (TRF), Tribunal Superior do Trabalho (TST) e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de um apontado pela Câmara Federal e outro pelo Senado, colocassem o juízo de valor de Figueiredo acima do juízo de fato.

Após mais uma iminente frustração na esfera judicial, há de se sugerir a Figueiredo a prática do tênis de mesa… ora a bola está de um lado, ora a bola está do outro.

Já é alguma coisa…

Nicolau Araújo, no Blog do Eliomar

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