Grendene tem EBIT recorrente de R$ 122,5 milhões no terceiro trimestre de 2023, alta de quase 40% ante o 3T22

Entre julho e setembro de 2023, a Grendene registrou um aumento de 37,6% no indicador que considera o negócio principal da companhia, o EBIT recorrente, em relação a igual período em 2022, que somou R$ 122,5 milhões. A receita líquida caiu 3,5%, para R$ 689,1 milhões. Foram vendidos 41,1 milhões pares de calçados, retração de 7,2%; a receita bruta por par se manteve estável em R$ 20,50.

A inflação acumulada, juros elevados, endividamento das famílias e baixo nível de confiança do consumidor, aliados ao desaquecimento da economia global, seguiram afetando o poder de compra e o comportamento dos consumidores, especialmente daqueles de menor poder aquisitivo, impactando a nossa dinâmica de vendas”, avalia Alceu Albuquerque, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Grendene.

No trimestre, o desempenho no mercado interno foi 5,7% inferior ao 3T22, totalizando R$698,5 milhões, resultado da queda de 8,2% do volume de pares embarcados (de 36,9 milhões para 33,8 milhões) e do avanço da receita bruta por par de 2,7%. As vendas ao consumidor final (sell out) das marcas da Divisão 1 – todas, exceto Melissa – cresceram 3,7% no terceiro trimestre, enquanto as vendas aos clientes B2B (sell in) diminuíram 8,4%. “A esperada recuperação do volume de pedidos não aconteceu na intensidade esperada, mesmo com os distribuidores, atacadistas e varejistas carregando níveis de estoques mais baixos do que o normal”, aponta Albuquerque.

O segmento feminino – Grendha, Zaxy e Azaleia – manteve o bom desempenho observado nos trimestres anteriores, notadamente dos produtos de EVA das marcas Zaxy e Azaleia, computando crescimento em receita, em volume e no ticket médio por par embarcado. A linha masculina voltou a crescer no período, com as três marcas que compõem o segmento – Rider, Cartago e Mormaii –, agregando receita e volume aos números do mercado doméstico.

No ambiente externo, o desaquecimento da economia global, resultado das elevadas taxas de inflação e de juros, o forte retorno da China ao mercado e o arrefecimento da demanda em segmentos relevantes prejudicaram a performance das exportações de calçados brasileiros, que recuaram 17,1% e 21,5% em dólares e pares, respectivamente, versus o 3T22, conforme dados divulgados pela Abicalçados.

A margem EBIT recorrente cresceu para 17,8% (+5,3 p.p.), devido à redução dos preços das matérias-primas. O resultado financeiro atingiu R$ 50,5 milhões no trimestre, queda de 58,9% frente ao 3T22. Esta queda reflete a distribuição extraordinária de dividendos R$1,1 bilhão em maio deste ano, a qual reduziu significativamente o saldo de volume investido

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