Celular Seguro, app do governo que visa inibir roubos, terá desafios para cumprir finalidade

O Celular Seguro, serviço com o qual o governo federal pretende inibir roubos de smartphones, poderá, num primeiro momento, ajudar a bloquear o acesso de bandidos à linha telefônica e a aplicativos de bancos ao notificar terceiros sobre crimes. Mas ainda não será capaz de fazer dos aparelhos “um pedaço de metal inútil” na mão dos bandidos, como pretende o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O aplicativo e o site permitirão quem teve o celular roubado ou furtado avisar várias instituições de uma vez. Eles serão lançados nesta terça-feira (19/12), tendo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e bancos como parceiros.

Com base em informações divulgadas pelo ministério, o G1 ouviu especialistas para entender o que pode ser positivo e quais são os desafios para que o serviço tenha a finalidade completa pretendida. Confira os principais pontos levantados:

A proposta é que quem se cadastrar previamente e tiver o celular roubado, furtado ou perdido poderá registrar uma “ocorrência” no aplicativo;

↪️ O alerta será enviado, ao mesmo tempo, para operadoras de telefonia e bancos que participam da iniciativa;

Se a ideia se cumprir, a vítima perderá menos tempo para entrar em contato com cada instituição;

Por outro lado, não há garantia de bloqueio imediato. A associação de operadoras de telefonia fala em até 6 horas para encaminhar o pedido às operadoras e mais 1 dia útil para a a linha ser bloqueada. Alguns bancos participantes citam bloqueio imediato, mas outros têm prazo de até meia hora, a partir do recebimento do alerta feito pelo app;

Outra questão é que os aparelhos não ficarão totalmente inutilizados. Para isso, seria preciso que os sistemas também fossem bloqueados, mas os principais desenvolvedores, Google (Android) e Apple (iOS), não estavam citados entre os parceiros até esta segunda-feira (18).

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