O desemprego no Ceará (taxa de desocupação), recuou 1 p.p (ponto percentual) no primeiro trimestre de 2024, passando de 9,6% para 8,6%, isso quando comparado ao primeiro trimestre de 2023. Com o resultado, o desemprego no estado vem se mantendo abaixo de um dígito desde o terceiro trimestre de 2022, quando havia alcançado 8,6%, valor igual ao do primeiro trimestre de 2024. Adicionalmente, essas taxas abaixo de um dígito são comparáveis apenas ao período que antecedeu ao impacto da crise econômica de 2015-2016.
A boa notícia está no Termômetro do Mercado de Trabalho (Nº 27) – 1º Trimestre/2024, que acaba de ser publicado pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Segundo o autor do trabalho, Daniel Suliano, analista de Políticas Públicas, a taxa de desocupação depende tanto do número de ocupados, como também daqueles que tomaram alguma providência efetiva em busca de ocupação.
Ele observa que a estrutura de desocupação atual ocorre diante de um leve aumento do número de ocupados e estabilidade daqueles que fizeram alguma busca. “Dito de outra forma, o desemprego caiu por conta do aumento do número de ocupados”. O Analista também destaca a melhora na taxa composta de subutilização da força de trabalho cearense. Quando comparado com o mesmo trimestre de 2023, ela recuou em 2,4 pontos percentuais, tendo alcançado 23,5%, valor igual ao do quarto trimestre de 2023.
Adicionalmente, a taxa de subocupação por insuficiência de horas foi reduzida tanto como reflexo do aumento do número de horas de trabalho por aqueles que já estão na condição de ocupação como também pelo aumento do número de ocupados – informa. A melhora nas condições do mercado de trabalho cearense levou a uma redução do percentual de desalentados ao comparar o primeiro trimestre de 2024 vis-à-vis ao primeiro trimestre de 2023 – conclui o Analista de Políticas Públicas da Diec, que tem como titular o professor Ricardo Pereira.