Um novo estudo realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que a inadimplência continua a ser um problema significativo no Brasil. Em outubro de 2024, aproximadamente 41,23% dos brasileiros adultos, o que equivale a 68,11 milhões de consumidores, estavam com suas contas negativadas. Este número representa um aumento de 1,13% em relação ao mesmo período do ano passado.
Os dados abrangem todos os 26 estados da federação e o Distrito Federal, mostrando que o crescimento da inadimplência foi destacado na faixa etária de 30 a 39 anos, onde 49,56% dos indivíduos estão negativados. O presidente da CNDL, José César da Costa, ressaltou que o aperto financeiro persistente e o aumento da taxa Selic têm contribuído para o cenário desafiador enfrentado pelos consumidores.
“Com o aumento da taxa Selic e a previsão de novas altas nos juros, o custo do crédito deve ficar pior para financiamentos e empréstimos, afetando ainda mais os consumidores endividados, principalmente aqueles com dívidas bancárias. Esta é uma situação preocupante, já que a maior parte das dívidas em atraso se concentra no setor bancário, com crescimento de 4,16% nas dívidas dessa categoria”, afirma.
Em outubro de 2024, a média das dívidas dos consumidores negativados era de R$ 4.425,73, com cada inadimplente devendo em média para 2,12 empresas credoras. Os dados mostram ainda que, quase três em cada dez consumidores (30,93%) possuem dívidas de até R$ 500, enquanto esse percentual sobe para 44,74% quando consideramos dívidas de até R$ 1.000.
Além disso, o número total de dívidas em atraso no Brasil cresceu 2,28% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na comparação entre setembro e outubro deste ano, esse índice também apresentou um aumento significativo de 1,59%.