O ex-presidente Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito que investiga uma possível tentativa de golpe de Estado. Este é o terceiro indiciamento dele apenas neste ano, sendo os anteriores relacionados ao caso das joias sauditas e à fraude no cartão de vacinas.
O indiciamento indica que a PF encontrou elementos suficientes para suspeitar de crime por parte do ex-presidente. As conclusões são encaminhadas à Procuradoria-Geral da República, que pode decidir por arquivar os casos, solicitar mais informações ou apresentar uma denúncia formal na Justiça.
Na última terça-feira, 19, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para desarticular organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula após o pleito de 2022.
O plano que incluía o assassinato de Lula e do vice-presidente Alckmin foi impresso no Palácio do Planalto, em novembro daquele ano.
O documento golpista previa o envenenamento, o uso de explosivos e armamento pesado para “neutralizar” Lula, Alckmin e o ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Um dos presos na Operação Contragolpe, da PF, afirmou que o ex-presidente Bolsonaro deu aval para um plano golpista até 31 de dezembro de 2022.
A investigação apontou ainda que um “gabinete de crise” seria instalado após assassinatos. A PF identificou que um núcleo de militares, formado após as eleições presidenciais de 2022, utilizou-se de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas.