A recente reunião de lideranças do União Brasil no Ceará trouxe à tona um aspecto cada vez mais evidente dentro da sigla: a predominância de grupos familiares na condução das decisões estratégicas do partido. A foto do encontro, divulgada pelo deputado estadual Felipe Mota, ilustra essa realidade e levanta questionamentos sobre a abertura da legenda para novas lideranças.
Na imagem, com exceção de Mota e do deputado estadual Sargento Reginauro, os demais presentes pertencem a um núcleo político formado por parentes próximos. O presidente do partido no estado, Capitão Wagner, estava acompanhado de sua esposa, a deputada federal Dayanne Bittencourt. O prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, compareceu ao lado de sua filha, a deputada federal Fernanda Pessoa, e de seu genro, Ézio de Souza. Da mesma forma, o prefeito de Sobral, Oscar Rodrigues, esteve presente ao lado de seu filho, o deputado federal Moses Rodrigues, e de seu neto, Moses Filho, que já está como pré-candidato a deputado estadual.
O encontro serviu, entre outras pautas, para que Felipe Mota lançasse a ideia de que Moses Rodrigues seja o nome do partido na disputa pelo Governo do Estado em 2026. Essa indicação reforça a tendência do União Brasil de manter o poder dentro de um círculo fechado, onde vínculos familiares parecem se sobrepor à renovação política e à construção de lideranças independentes.
A ausência de outros filiados no encontro, especialmente de figuras que poderiam representar diferentes correntes dentro da legenda, levanta dúvidas sobre o futuro do União Brasil no Ceará. Será que o partido está se consolidando como um espaço de debate democrático e de pluralidade política, ou caminha para se tornar um feudo familiar, onde as principais decisões são tomadas entre poucos e beneficiam apenas um seleto grupo?
Com a proximidade das eleições de 2026, a forma como o União Brasil conduzirá suas escolhas será determinante para sua credibilidade e competitividade no cenário estadual. A concentração de poder em grupos familiares pode afastar novas lideranças e limitar o crescimento da sigla, deixando espaço para que outras forças políticas ocupem esse vácuo de representatividade.
Então o União Brasil tão mais união familhião, centralizador e conservador. A curiola que papar tudo só se deixar é capaz e lançar candidato Papa.