O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), avaliou o atual cenário político cearense, com articulações de alianças de oposição para as eleições gerais de 2026, e afirmou que não enxerga a oposição ganhando força no contexto estadual. O petista usou como régua o resultado dos grupos políticos nas eleições municipais de 2024. As declarações foram dadas durante uma visita institucional ao Jornal O POVO, neste segunda-feira (14/4).
Questionado sobre a articulação de opositores do seu governo para formar um bloco único contrário ao PT e se isso o preocupa, Elmano sinalizou negativamente. “Não vejo a oposição ganhando força. Literalmente, quais foram as prefeituras que a oposição ganhou no Ceará? Ao contrário, perdeu”, afirmou o petista.
O grupo de oposição que busca unidade para 2026 conta com atores como os ex-prefeitos de Fortaleza, Roberto Cláudio e José Sarto, ambos do PDT; o ex-deputado Capitão Wagner (União Brasil); O PL, do deputado federal André Fernandes; o senador Eduardo Girão (Novo); além de alas do PSDB. Entre os prefeitos eleitos pela oposição em 2024 estão Glêdson Bezerra (Juazeiro do Norte), Oscar Rodrigues (Sobral), Roberto Filho (Iguatu) e Ozires Pontes (Massapê).
Elmano destacou que ainda há diálogos a serem feitos com líderes de determinados grupos políticos. “Me parece que ainda tem muita conversa para ser feita. Como será o comportamento do grupo político do Moses Rodrigues (deputado federal e filho do prefeito de Sobral) no Ceará? Como vai ser o comportamento do prefeito de Iguatu? A posição política do prefeito de Massapê? (…) Tive boas reuniões com (parte desses) prefeitos, institucionais, de políticas públicas”, declarou.
Em contrapartida, o gestor ressaltou o desempenho eleitoral da base e disse que a prioridade é mantê-la coesa e solidificada em torno do projeto.
“Vejo que a base do governo tem um resultado eleitoral em 2024 muito positivo. Vejo muito conflito na oposição. Basta a gente ver qual a força política que tinha o grupo político do RC em Fortaleza, o que tem hoje, e o que vai ter à frente. Nosso trabalho, em grande parte, é primeiro garantir a unidade da nossa aliança. Segundo, renovar nosso programa, porque vamos terminar o governo com coisas realizadas e temos que abrir uma nova etapa com novas bandeiras, não se acomodar”.
Por fim, o governador citou que as pesquisas internas do governo apontam no mesmo caminho de sua análise inicial. “Não vejo a oposição ganhando força. A oposição perdeu uma deputada, que era a Martha Gonçalves. Entrou como oposição e deixou de ser. As pesquisas que temos dão no mesmo sentido, suas lideranças têm avaliações mais negativas do que positivas. Diferentemente do que era o RC em 2022, que tinha uma avaliação positiva”.
Fonte: O Povo