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Segundo aliados de Ciro dentro do partido, a crise que envolve o escândalo dos descontos ilegais nos benefícios de aposentados pelo INSS enfraqueceu Lupi e tornou insustentável sua permanência no cargo. Com a saída de Lupi, parlamentares e dirigentes pedetistas enxergam a oportunidade de apresentar uma candidatura própria à Presidência da República em 2026, com Ciro Gomes mais uma vez à frente.
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A tarefa principal será convencer Ciro a voltar ao páreo. O ex-ministro e ex-governador do Ceará, que disputou o Planalto nas últimas quatro eleições, vinha sinalizando cansaço com o processo eleitoral e mantendo distância dos holofotes. No entanto, aliados acreditam que os números de pesquisas recentes podem ser um trunfo para mudar sua posição.
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No levantamento Datafolha de abril, Ciro Gomes aparece com 19% das intenções de voto em um cenário sem o presidente Lula e sem o ex-presidente Jair Bolsonaro. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), marca 16%, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), figura com 15%. Na análise dos pedetistas, o empate técnico com Tarcísio mostra que Ciro ainda tem potencial competitivo — principalmente em um ambiente sem os líderes polarizadores das últimas eleições.
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Apesar da turbulência, a estratégia do presidente Lula é manter o PDT em sua base aliada.