Com R$ 90 milhões em emendas por ano, mandato de deputado federal se valoriza — e marqueteiros comemoram
O mercado político está em ebulição. A valorização dos mandatos de deputado federal e senador atingiu um novo patamar com o volume recorde de recursos liberados por meio de emendas parlamentares. São cerca de R$ 90 milhões anuais por parlamentar, somando emendas impositivas, de bancada, de comissões e as chamadas “emendas PIX” — de transferência direta para estados e municípios.
Esse novo cenário transformou o Congresso em um terreno ainda mais cobiçado. Marqueteiros e estrategistas políticos estão em festa: as campanhas para deputado federal ganharam status de investimento de alto retorno, o que também encareceu o preço da disputa. Estima-se que um candidato competitivo precise, no mínimo, de R$ 30 milhões para tentar uma vaga na Câmara dos Deputados.
No caso do Senado, a corrida é ainda mais custosa e imprevisível. Como o mandato é mais longo e o poder de articulação maior, os valores necessários para viabilizar uma campanha eficaz se tornaram praticamente “sem teto”.
O peso crescente das emendas no jogo político-eleitoral reforça a importância dos mandatos no controle de recursos públicos — e aumenta os desafios da democracia diante de uma disputa cada vez mais movida a cifras milionárias.
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