Inicialmente considerado uma alternativa secundária, Ciro Gomes passou a ser defendido diariamente por aliados tanto na Câmara Municipal de Fortaleza quanto na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). A possibilidade de seu retorno ao cenário político estadual foi levantada pelo próprio Ciro no início deste mês, durante uma reunião da oposição na Alece. Na ocasião, ele expressou preferência pela candidatura de Roberto Cláudio (PDT), colocando-se como opção apenas em caso de “necessidade”.
Desde então, a ideia de sua candidatura ganhou força entre parlamentares. O deputado estadual Cláudio Pinho (PDT), por exemplo, levou o tema à tribuna da Alece, afirmando:
“O Ciro Gomes não foge ao debate e, se o cearense entender que ele é o melhor candidato para enfrentar o Elmano, ele vai estar à disposição.”
A “torcida” pela candidatura de Ciro em 2026 é especialmente forte entre segmentos mais à direita, incluindo bolsonaristas, que destacam a acentuação do teor “antipetista” do discurso do pedetista nos últimos anos. A vereadora Priscila Costa (PL) comentou:
“O Ciro tem uma história de muito combate e denúncia aos desmandos e projetos de corrupção do PT. Nesse sentido, estamos dialogando.”
Essa aproximação de Ciro com figuras da direita tem sido interpretada por analistas como uma estratégia antipetista, buscando formar uma frente ampla contra o PT nas eleições de 2026, mesmo que isso signifique alianças com antigos adversários políticos.
A movimentação política em torno de Ciro Gomes indica um cenário eleitoral dinâmico e polarizado no Ceará para 2026, com o pedetista sendo cortejado por diferentes espectros políticos em meio a estratégias para enfrentar a hegemonia petista no estado.
Fonte: O Povo