Sobral amanheceu nos últimos dias com uma sequência de episódios que colocam em xeque a sensação de segurança da nossa cidade. Na noite de sexta-feira (20), uma bomba caseira foi detonada na porta de um escritório de advocacia, ao lado da Câmara Municipal, causando danos materiais e muito medo. Pouco antes, um artefato de granada foi encontrado em frente ao Centro Universitário UNINTA, exigindo ação rápida do esquadrão antibombas.

Na manhã deste sábado (21), por volta das 10h, uma loja foi assaltada à mão armada, em pleno Centro da cidade, à luz do dia, diante de uma população cada vez mais atônita e insegura. Para completar o cenário de tensão, casas de guardas municipais foram pichadas com ameaças, após uma abordagem desastrosa e desastrada a um motoboy na última quinta-feira (19).

O que está acontecendo com a segurança pública de Sobral? Até quando a população vai ficar refém do medo, da insegurança e da ausência de respostas? A responsabilidade constitucional pela segurança pública é, sim, do Governo do Estado. Mas isso não isenta o prefeito Oscar Rodrigues de se posicionar, cobrar providências, dialogar com o governador Elmano de Freitas e, principalmente, prestar contas à população que está aflita, sem saber a quem recorrer.

O silêncio das autoridades municipais é, no mínimo, constrangedor e preocupante. O que se espera, neste momento, é liderança, responsabilidade e compromisso com o bem-estar da cidade. A população não pode ficar entregue ao próprio destino, refém de criminosos, da omissão e da falta de articulação entre os poderes públicos.

Sobral pede socorro.