Pintura de meio-fio e a ausência de gestão em Sobral

Um leitor do Sobral em Revista resumiu bem o sentimento de muitos sobralenses ao enviar uma foto da pintura de meio-fio na cidade: “Rapaz, a que ponto chegamos. Depois de ver Sobral brilhar nacional e internacionalmente, agora temos que nos confortar de ver a atual administração voltando ao tempo dos Prado e Barreto, quando pintar o meio-fio era a grande estratégia para mostrar que a cidade é limpa e organizada.”

A crítica revela um incômodo crescente com uma gestão que, passados seis meses, ainda não disse a que veio. Tirando o São João e o Bloco dos Sujos, pouco ou nada de relevante foi feito até agora. Os problemas urbanos – ruas esburacadas, lixo acumulado, áreas de lazer abandonadas e serviços públicos deficitários – continuam sem solução.

Enquanto isso, medidas cosméticas como pintura de calçadas tentam transmitir uma falsa sensação de cuidado e organização. Mas Sobral precisa de muito mais do que isso: exige planejamento, investimentos em saúde, educação, mobilidade e segurança.

A cidade que um dia foi referência nacional parece estagnada. É hora de a atual gestão apresentar resultados concretos e um projeto de futuro antes que a sensação de descaso se transforme em descrédito definitivo.

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