Sobral vive escalada de violência enquanto prefeito permanece em silêncio

O brutal assassinato do conselheiro tutelar Tony de Paulo, ocorrido na noite desta terça-feira (22), expõe mais uma vez a grave crise de segurança que assola Sobral. Este é o nono crime de natureza bárbara registrado apenas no mês de julho. No acumulado do ano, já são quase 60 homicídios, um número alarmante para uma cidade que vem deixando de ser considerada um porto seguro.

Embora a segurança pública seja uma atribuição constitucional do Governo do Estado, a população de Sobral espera, no mínimo, um gesto de liderança de quem foi eleito para governar o município. Até o momento, o prefeito Oscar Rodrigues não se manifestou sobre o clima de terror que toma conta das ruas. Nenhuma nota de pesar, nenhum apelo público ao governador Elmano de Freitas, nenhuma sinalização de preocupação com as famílias sobralenses que vivem com medo.

A postura do gestor contrasta com a realidade que salta aos olhos. Sobral enfrenta não só a escalada da violência, mas também outros problemas graves: ruas sujas, obras paralisadas, animais soltos pelas vias e serviços públicos ineficientes. Em meio a esse cenário, cresce a sensação de abandono entre os moradores.

A omissão de Oscar Rodrigues diante da crise da violência dá a impressão de que o prefeito vive em uma realidade paralela, como se habitasse uma versão política de Nárnia ou um reino de faz de conta, onde os problemas da cidade simplesmente não existem. Governar exige mais do que administrar contratos e obras: exige empatia, coragem e disposição para enfrentar as adversidades ao lado da população.

Sobral pede socorro. E o mínimo que se espera de um chefe do Executivo municipal é que ele se faça presente, ainda que simbolicamente, com palavras de conforto e cobranças firmes ao Governo do Estado. O silêncio, nesse caso, é um aliado da insegurança.

Publicar comentário