66% das cidades do CE têm nível ‘baixo’ ou ‘muito baixo’ de Desenvolvimento Sustentável

Dos 184 municípios cearenses, 120 foram classificados como nível “baixo” no Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades 2025 (IDSC-BR), enquanto uma cidade atingiu o nível “muito baixo”, o que representa 66% do total. O indicador avalia os dados oficiais mais atualizados disponíveis nas fontes nacionais sobre áreas como educação, saúde, renda, segurança, moradia e mudanças climáticas, entre outros.

O índice é expresso em uma escala de 0 a 100 pontos e, a partir de um panorama abrangente, é feita uma análise da distância de cada cidade brasileira para atingir as metas e objetivos da Agenda 2030. O lançamento do IDSC-BR será realizado nesta sexta-feira (8), em evento que integra a programação do Fórum Movimentos pela Regeneração – Em direção à COP30.

No Ceará, os melhores resultados foram atingidos pelas cidades de Croatá (58,48), Jaguaribara (57,56), Quixelô (56,46), Alcântaras (55,85) e Jijoca de Jericoacoara (54,39). O piores, por outro lado, foram Pentecoste (39,97), Senador Pompeu (41,2), Saboeiro (41,25), Morada Nova (41,83) e Missão Velha (43,1).

Apesar desse cenário, os resultados representam um avanço em relação aos indicadores alcançados pelo Ceará no ano anterior. No IDSC-BR 2024, o Estado contava com 159 municípios com nível “baixo” e 15 com nível “muito baixo” de desenvolvimento — o que, somando as duas piores categorias, representava cerca de 95% de todas as cidades.

Os melhores resultados obtidos também estão mais altos no índice deste ano. Se, no IDSC-BR 2024, o primeiro lugar do Ceará tinha sido Alcântaras, com 55,67, neste ano Croatá atingiu 58,48 pontos para ficar no mesmo posto.

No cenário nacional, o índice mostra que o nível “muito alto” de desenvolvimento sustentável, no geral, ainda está distante para todas as cidades brasileiras.

Por exemplo, nenhuma dos mais de 5,5 mil cidades no País ficou com mais de 80 pontos e apenas 168 (3%) tiveram alcançaram mais de 60. Já a maioria dos municípios (47,5%), segundo a publicação, está na faixa entre 50 e 59 pontos, considerada um nível “médio” de desenvolvimento.

Para a criação do índice, são coletados dados em bases públicas e oficiais, como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Departamento de Informação e Informática do SUS (Datasus), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa), entre outras.

Fonte: Diário do Nordeste

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