Os números da violência em Sobral neste ano são alarmantes. Em apenas oito meses de 2025, já foram contabilizadas 74 mortes violentas. A estatística assusta: são 9 mortes por mês, ou uma morte a cada três dias.

Nesta quarta-feira (3/9), a tragédia voltou a se repetir: três homicídios foram registrados antes mesmo das 10 horas da manhã.

Diante desse cenário, o que mais chama atenção é o silêncio da gestão municipal. O prefeito Oscar Rodrigues, desde que assumiu a prefeitura em 1º de janeiro, não se pronunciou nenhuma única vez sobre a escalada da violência na cidade. Nenhum apelo público foi feito ao governador, nenhuma cobrança efetiva ou posicionamento firme foi assumido em defesa da população que sofre com o medo diário.

É fato que a Segurança Pública é uma atribuição constitucional do Estado, mas não se pode esquecer que o prefeito é a maior autoridade do município e, portanto, tem a responsabilidade direta de agir, cobrar, pressionar e defender os interesses dos cidadãos que representa.

Enquanto isso, a população segue exposta e insegura. Rico e cercado por um esquema de segurança fora dos padrões locais, o prefeito e seus familiares estão protegidos. Mas e o cidadão comum, que precisa sair de casa para trabalhar, estudar e viver?

A realidade é que Sobral clama por respostas e ações concretas. O silêncio não pode ser a política oficial diante de um problema tão grave.