
Prefeitura adota chicana no Belchior para proteger asfalto recém colocado, mas medida levanta dúvidas sobre qualidade da obra e fiscalização do trânsito
A Prefeitura de Sobral anunciou, nesta semana, a instalação de uma chicana com blocos de concreto no acesso ao bairro Belchior, pela Avenida do Servidor, nas proximidades do Corte 8. A medida, segundo a Secretaria de Trânsito, tem caráter preventivo e busca restringir o tráfego de veículos pesados, considerados ameaça à durabilidade do pavimento asfáltico recém colocado nas principais vias da região.
De acordo com a gestão municipal, a intervenção não altera a circulação de carros, motos, ônibus e caminhões de menor porte, que seguem trafegando normalmente. O objetivo declarado é preservar o investimento público na nova pavimentação e reforçar a segurança viária.
Apesar da justificativa oficial, a decisão abre espaço para alguns questionamentos. Afinal, que caminhões tão pesados seriam esses que estariam utilizando o acesso pela Avenida do Servidor? Se a via não comporta esse tipo de tráfego, caberia ao município fiscalizar e aplicar as regras de circulação, em vez de improvisar barreiras físicas.
Outro ponto que merece atenção é a própria qualidade do asfalto aplicado. Se, em tão pouco tempo, já existe preocupação de que o tráfego de veículos possa comprometer a obra, seria esse um indicativo de que o material ou a execução não possuem a resistência adequada? Obras viárias, sobretudo em áreas de crescimento urbano, devem prever o fluxo de veículos compatível com a realidade local.
Ao pedir compreensão e colaboração da população, a Prefeitura reforça a narrativa de que se trata de uma ação de “gestão de tráfego” e “proteção do investimento público”. Porém, a medida também expõe fragilidades: tanto na fiscalização do trânsito quanto na execução de obras que deveriam oferecer maior durabilidade.
Em última análise, a chicana no Belchior pode até retardar problemas, mas não resolve a questão central: a necessidade de um planejamento urbano mais consistente e de uma política de trânsito que combine infraestrutura de qualidade com fiscalização efetiva.
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AGM
Que dizer que os ” novos ricos e remediados” vão ficar sem o abstecimentos de gás , agua e alimentos e novos empreendores e empregados por que a rigor não passará onibus. Seriamente já em morrei outras cidades principalmente na maior e desenvolvida capital do país e nunca vi tal ” novidade ou tecnologia”. Realmente estamos em novo tempo não sei se para o bem ou mal, agora só tempo dirá pois dizem em certo contexto é senhor da razão, então que viver verá
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