
As pedras no sapato de Camilo Santana
Embora o “camilismo” tenha avançado no PT, ainda existem nomes dentro do partido que resistem à hegemonia do ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Camilo Santana. Um deles é o deputado federal José Guimarães, líder do governo Lula na Câmara dos Deputados.
Guimarães é uma das principais expressões do lulismo no Ceará, com forte influência em diretórios do interior, onde muitas vezes a estrutura petista se confunde com seu próprio grupo político — o que evidencia o tamanho de seu capital eleitoral.
Nos bastidores, o parlamentar tem demonstrado insatisfação com os rumos do petismo cearense para 2026. Cotado para disputar o Senado, ele teria pedido de volta colégios eleitorais estratégicos que antes apoiariam candidaturas ligadas a Camilo Santana e ao governador Elmano de Freitas — entre elas, a da ex-prefeita de Icó, Laís Nunes, e a do deputado estadual Fernando Santana, ambos planejando disputar vagas na Câmara Federal.
Com essa mudança de rota, Laís Nunes teria desistido da candidatura a deputada federal, optando por buscar uma cadeira na Assembleia Legislativa.
O gesto de Guimarães indica um rompimento tácito do compromisso que existia entre ele e o grupo de Camilo/Elmano, sinalizando que as costuras do governismo para 2026 — especialmente na escolha dos nomes para o Senado — seguem em aberto e com tensões à vista.
Por Henrique Araújo — Jornal O Povo
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