
Prejuízo médio com golpes via Pix sobe 21% e indica maior profissionalização do crime digital, aponta pesquisa
A 3ª edição da pesquisa Golpes com Pix, realizada pela central SOS Golpe em parceria com a empresa de inteligência financeira Silverguard, analisou 12.197 denúncias e revelou um cenário alarmante: o prejuízo médio por vítima aumentou 21% em relação a 2024, chegando a R$ 2.540.
Um dado que chama atenção é a mudança no destino dos valores roubados. Se antes o dinheiro era majoritariamente transferido para contas de pessoas físicas, agora a maior parte vai para contas de pessoas jurídicas — um movimento que, segundo a Silverguard, reforça a crescente profissionalização das quadrilhas especializadas em crimes digitais. As informações foram complementadas com dados do Banco Central obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI).
As classes de maior renda estão entre as mais prejudicadas. Entre vítimas das classes A e B, o prejuízo médio chegou a R$ 10.500 — 67% acima do registrado no ano anterior. Na classe C, a perda média foi de R$ 4.300, enquanto nas classes D/E ficou em torno de R$ 1.500. Pessoas com 60 anos ou mais continuam entre os alvos preferenciais dos criminosos.
A pesquisa também mostra que pessoas jurídicas vêm sendo intensamente afetadas: a perda média registrada por empresas chegou a R$ 5.200, o dobro do valor perdido por pessoas físicas (R$ 2.500).
Os dados reforçam a necessidade de ampliar ações de prevenção, educação digital e segurança bancária, diante de um cenário onde o golpe com Pix se torna cada vez mais sofisticado e lucrativo para os criminosos.



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