
Oscar Rodrigues desrespeita recomendação do Ministério Público e vai responder por improbidade administrativa
Sobral vive um momento inédito – e lamentável – em sua história recente. O Ministério Público do Estado do Ceará decidiu instaurar um inquérito civil público contra o prefeito Oscar Spíndola Rodrigues Júnior após constatar que ele ignorou uma recomendação formal para cessar práticas consideradas ilegais e incompatíveis com a administração pública.
A 2ª Promotoria de Justiça de Sobral identificou materialidade suficiente do ato ímprobo e dolo por parte do gestor municipal, que manteve irregularidades mesmo após ter sido orientado a corrigi-las. Com isso, o MP determinou a conversão do procedimento administrativo em inquérito civil e já ordenou a minuta da ação de improbidade administrativa contra o prefeito.
O motivo da investigação é conhecido por toda a cidade: Sobral foi tomada pela cor azul e pelo slogan “um novo tempo”, marca utilizada pelo prefeito em sua campanha partidária. Essa identidade visual, agora aplicada em prédios, muros, veículos, fachadas e equipamentos públicos, constitui uso irregular de recursos públicos para autopromoção – prática proibida pela Constituição e pela Lei de Improbidade Administrativa.

A recomendação do Ministério Público era clara: retirar o azul dos órgãos públicos, adotar exclusivamente as cores da bandeira de Sobral e cessar o uso do slogan político. Oscar Rodrigues, no entanto, desobedeceu integralmente o órgão de fiscalização, optando por continuar a vincular sua imagem pessoal à máquina pública.
O resultado é grave: Sobral, que sempre foi referência nacional e internacional de gestão pública, ética e planejamento, agora vê seu nome atrelado a uma ação de improbidade administrativa contra o próprio prefeito. Um abalo institucional que envergonha a cidade e expõe um comportamento reiterado de desrespeito às leis e às instituições.
Cabe agora à Justiça analisar os autos e responsabilizar quem precisa ser responsabilizado. Enquanto isso, a população de Sobral assiste a mais um capítulo de uma gestão marcada pela personalização do poder e pelo distanciamento das boas práticas administrativas que sempre fizeram parte da nossa história.



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