Interrupção da limpeza do Rio Acaraú expõe falta de planejamento e assessoria na gestão de Oscar Rodrigues
A limpeza do Rio Acaraú, iniciada pela Prefeitura de Sobral no dia 12 de novembro, após reivindicações de moradores, durou menos de 24 horas. A intervenção foi interrompida no dia 13, quando equipes do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) e da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) determinaram a paralisação imediata dos trabalhos.
Segundo apuração do Sobral em Revista, a suspensão ocorreu porque a Prefeitura deu início à intervenção sem apresentar as documentações exigidas para qualquer obra ou ação no leito de um rio. Ou seja, o município simplesmente colocou máquinas e trabalhadores dentro do Acaraú sem cumprir protocolos ambientais básicos, como se a intervenção pudesse ser feita ao bel prazer da gestão.
O episódio expõe um grave problema: a falta de assessoria técnica qualificada ao redor do prefeito Oscar Rodrigues. Afinal, não havia nenhum assessor capaz de alertar o chefe do Executivo sobre os trâmites legais necessários? É difícil compreender como uma gestão de uma das maiores cidades do Ceará inicia uma ação dessa natureza sem licença ambiental ou autorização formal dos órgãos competentes.
A situação se torna ainda mais preocupante quando lembramos que o próprio prefeito afirmou, em entrevista recente, que “quem manda em Sobral sou eu”. Porém, 11 meses depois de assumir o cargo, Oscar Rodrigues parece ainda não ter assimilado que o poder público não funciona como a iniciativa privada.
O episódio do Rio Acaraú deixa evidente que a gestão precisa, urgentemente, de técnicos preparados e assessores que orientem o prefeito sobre o que pode e deve ser feito. Enquanto isso não acontece, sobra improviso — e quem paga o preço é a cidade.


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