Pix gerou economia de mais de R$ 100 bilhões para brasileiros desde 2020, aponta estudo

Na mira do governo dos Estados Unidos, o Pix já gerou uma economia estimada de R$ 106,7 bilhões para os brasileiros desde que foi criado pelo Banco Central do Brasil em 2020. Só no primeiro semestre de 2025, a redução de custos chegou a R$ 18,9 bilhões. O dado é de um estudo inédito realizado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), que quantificou pela primeira vez os ganhos financeiros diretos do sistema de pagamentos instantâneos. Os dados foram publicados em reportagem da Folha de S.Paulo.

A pesquisa considera dois principais efeitos: a substituição de TEDs, que geralmente são tarifadas, e o uso crescente do Pix no comércio, especialmente no lugar de cartões de débito e crédito, que implicam cobrança de taxas aos lojistas.

Segundo o levantamento, se o ritmo atual de adesão for mantido, o Brasil poderá economizar R$ 40,1 bilhões por ano até 2030.

A metodologia usada, chamada de “captura de custo”, compara o quanto os usuários pagariam em tarifas usando meios tradicionais, como TED ou cartões, com o custo real das transações realizadas via Pix. A diferença representa o ganho direto para o consumidor e para as empresas.

O cálculo considera, por exemplo, o volume de transações de pessoas físicas para empresas, as taxas médias cobradas por cartões, a remuneração das transações com Pix para empresas, e a redução no número de TEDs — operações que chegaram a custar mais de R$ 10 por transação antes do sistema entrar em vigor.

Além dos ganhos diretos, o estudo destaca efeitos indiretos como a formalização de pequenos negócios, redução do uso de dinheiro em espécie (com impactos positivos na segurança pública e no combate à informalidade) e a inclusão bancária de parcelas da população que antes não utilizavam meios digitais de pagamento.

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