No Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral, a mobilização precoce tem mudado a realidade de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A estratégia permite que, mesmo sob ventilação mecânica, os pacientes realizem movimentos seguros e acompanhados por equipe multiprofissional, prevenindo complicações e acelerando a recuperação.

Segundo o coordenador de fisioterapia do HRN, Jean Agostinho de Moura Junior, o método reduz perda muscular, tempo de ventilação mecânica, riscos de infecções e delírios, além de melhorar a função cardiovascular. O processo começa com atividades passivas, como mudanças de posição, e pode evoluir para exercícios ativos no leito, sedestação, ortostatismo e até deambulação com ventilador portátil.

A dona de casa Maria Eliana do Nascimento Mesquita, 42 anos, de Taperuaba, é exemplo do impacto dessa prática. Portadora de angioedema hereditário e dependente de traqueóstomo, ela foi internada em estado grave no dia 27 de julho e, após estabilização, iniciou o protocolo. Sua primeira saída ao pátio da UTI foi marcante: sem poder falar, agradeceu em bilhete pelo cuidado e respeito recebidos.

Para Jean, a mobilização precoce une técnica e sensibilidade: “cada pequeno avanço significa muito para quem está na cama de uma UTI”.