A saúde pública de Sobral, que já foi referência no Nordeste e motivo de orgulho para seus moradores, hoje vive uma realidade preocupante. Segundo os números oficiais do programa Previne Brasil, a cidade aparece apenas na 107ª posição entre os 184 municípios do Ceará, um retrato alarmante do enfraquecimento da Atenção Primária à Saúde sob a atual gestão municipal.

Enquanto o prefeito Oscar Rodrigues celebra obras de asfaltamento em bairros de classe média alta, a população sofre com a falta de prioridade em um setor essencial. A avaliação do Previne Brasil leva em consideração pontos cruciais como consultas médicas, acompanhamento de gestantes, controle de doenças crônicas, vacinação e outros indicadores que refletem diretamente a qualidade do atendimento básico prestado à comunidade.

Estar tão distante das primeiras colocações significa que milhares de sobralenses não estão recebendo a atenção necessária em saúde, justamente no nível de atendimento que deveria evitar complicações e reduzir a sobrecarga nos hospitais.

O contraste entre o marketing da gestão e os dados oficiais é gritante: de um lado, a propaganda do “asfalto novo”; de outro, a dura realidade de uma saúde pública que agoniza. A verdade é que a saúde em Sobral entrou na UTI e precisa de uma ação urgente do poder público municipal para não piorar ainda mais.