
Sobral vive dias de incerteza: Oscar Rodrigues entre o discurso da mudança e os velhos vícios da política
Sobral pode até viver um novo momento político, mas a promessa de ruptura com o grupo dos Ferreira Gomes — que ajudou a eleger o atual prefeito, Oscar Rodrigues — começa a soar cada vez mais distante da prática. O discurso da mudança parece ter ficado apenas na propaganda.
Desde o início do mandato, Oscar Rodrigues tem promovido trocas constantes no secretariado, demissões em série e decisões centralizadas, o que tem gerado clima de insegurança e desconforto dentro da própria gestão. O estilo, descrito por aliados como “mais técnico e prático”, tem se mostrado, na verdade, confuso e autoritário, sem rumo claro nem diálogo com os servidores.
Nos bastidores, cresce o rumor de uma aproximação com o PT, alimentado por elogios públicos do prefeito ao governador Elmano de Freitas e ao ministro Camilo Santana. Para muitos, o movimento soa como uma tentativa de reposicionamento político, mirando novas alianças e abandonando antigos aliados, inclusive nomes do PL, partido que lhe deu sustentação eleitoral.
A percepção é de que Oscar estaria cedendo à velha lógica da conveniência, renegando o discurso de “mudança” que o levou ao poder.
Entre os servidores e lideranças locais, as críticas se multiplicam. Há quem fale em desorganização administrativa, perseguição política e até em dificuldades pessoais do prefeito para conduzir as reuniões e decisões, com relatos de lapsos de memória — boatos que, embora sem confirmação oficial, revelam o nível de desconfiança e desarticulação dentro da gestão.
Enquanto isso, Sobral observa atônita. O governo que prometia romper com o passado parece cada vez mais parecido com aquilo que dizia combater.
A pergunta que ecoa entre os corredores da prefeitura e nas rodas políticas da cidade é uma só:
Oscar Rodrigues está governando… ou sendo governado?
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