No tabuleiro da política cearense, novas jogadas voltaram a ser cogitadas
A mídia local e nacional tem ventilado a possibilidade de Camilo Santana disputar novamente o Governo do Ceará, como forma de fortalecer o palanque do presidente Lula no estado.
No Xadrez Político, a pergunta que mais se repete é se Cid Gomes apoiaria esse movimento. Embora o questionamento não tenha sido feito diretamente ao senador, o histórico de suas jogadas permite algumas leituras.
Em 2022, na disputa interna da base governista, quando o tabuleiro se dividiu entre os grupos de Roberto Cláudio e Izolda Cela, Cid surgiu como a peça capaz de unificar o jogo. Ainda assim, recusou a candidatura e foi claro ao defender a renovação das lideranças, afirmando que não fazia sentido disputar um terceiro mandato no Executivo.
O mesmo discurso apareceu em outros momentos. Cid já manifestou desconforto com a possibilidade de Lula buscar novos mandatos, ao afirmar que o presidente concentrou capital político em torno de si e deixou de formar novas lideranças. Também afirmou não acreditar na candidatura de Ciro Gomes ao governo do Ceará, justamente por colidir com essa lógica de renovação defendida pelos irmãos Gomes.
Diante desses fatos, é razoável concluir que Cid Gomes dificilmente seria um entusiasta de uma nova candidatura de Camilo Santana ao Governo do Ceará. Isso ajuda a entender por que o senador é enfático ao afirmar que seu compromisso está com a reeleição do governador Elmano.
No xadrez político, quem conhece o jogo sabe que repetir movimentos nem sempre leva à vitória.
Por Micael Sousa, no Xadrez Político



Publicar comentário