Decisão da Prefeitura de Sobral gera revolta entre profissionais da atenção primária
Infelizmente, mais uma notícia negativa marca a gestão da saúde do município de Sobral. Desta vez, a situação atinge diretamente os profissionais que atuam nos postos de saúde e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da atenção primária, estruturas fundamentais para o acompanhamento da população nos bairros e distritos, tanto da zona urbana quanto da zona rural.
Essas unidades são responsáveis por serviços essenciais, como atendimentos médicos, vacinação, ações de prevenção e o acompanhamento de pacientes com doenças crônicas. No entanto, uma decisão recente da Prefeitura de Sobral provocou indignação entre os trabalhadores da área: o funcionamento normal das unidades nos dias 24 e 31 de dezembro, vésperas de Natal e Ano Novo.
A medida, tomada de última hora, ignora o contexto das datas comemorativas, tradicionalmente voltadas à convivência familiar, e desconsidera tanto o bem-estar dos profissionais quanto da própria população, em um período em que o estímulo à união e ao cuidado coletivo deveria ser prioridade.
Além da sobrecarga imposta por essa decisão, os trabalhadores relatam dificuldades antigas e recorrentes no dia a dia, como a falta de papel, tinta para impressoras e insumos básicos para a realização de exames e atendimentos, incluindo procedimentos como ultrassonografias. Soma-se a isso a insegurança: há registros de episódios de violência em unidades de saúde, tornando o ambiente de trabalho ainda mais hostil.
Diante do cenário, o Sindicato dos Médicos do Ceará, através de seu presidente, Edmar Fernandes, informou que está em diálogo com a gestão municipal e com a Secretaria da Saúde de Sobral na tentativa de reverter a decisão. Para a entidade, a medida representa desrespeito não apenas à categoria médica, mas a todos os profissionais que sustentam o funcionamento da atenção primária no município.



Publicar comentário