“Não tenho preconceito com os partidos”, diz Ciro .

Em entrevista concedida ao site O Otimista, transmitida em live pelo Facebook e Youtube do jornal, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) apresentou análise política e socioeconômica dos últimos governos brasileiros, criticou fracasso da fase esquerdista no comando do Governo Federal e reconhece alianças com o PT em níveis municipais e estratégicos.
O apoio de Ciro Gomes a Elmano de Freitas (PT) na disputa pela Prefeitura de Caucaia, divulgado em vídeo na última segunda-feira (27), exemplificou sua abertura a diálogos convenientes ao seu projeto político. “Tenho relação de muito carinho e muito respeito por boa parte do PT”, afirmou. Apesar das críticas severas ao partido, o pré- candidato às eleições presidenciais pelo PDT enfatiza que sua opinião não é sazonal. “Não estou de mau humor, estou procurando um caminho de reconciliação com nosso povo”, reitera.
Ainda sobre a decisão de convocar os eleitores a conhecer as propostas de Elmano, Ciro explica a articulação com seus pares. “Tudo que faço comunico aos meus líderes, a decisão em relação a Caucaia eu comuniquei ao Cid, Camilo, Roberto Cláudio, Sarto (presidente da AL-CE e pré-candidato a prefeito de Fortaleza), falei com o Zezinho (ex-presidente da AL-CE e hoje titular da Secretária das Cidades), que são as pessoas do meu círculo. Essa decisão tem razão de espírito público. Estou muito preocupado porque o prefeito Naumi não está bem nas pesquisas, até liguei para ele. Sou amigo praticamente de todos”, relatou, ressaltando estar preocupado com o futuro da cidade.
“E eu vejo com muita preocupação o que está acontecendo em Caucaia, é uma cidade gigantesca, já tem segundo turno e a violência, a destruição dos serviços públicos, a degradação do tecido urbano, problemas econômicos, tudo isso são problemas numa cidade que tem potencial de fazer parte do complexo industrial do Pecém, enquanto São Gonçalo explodindo de desenvolvimento.
Apesar da necessidade de alianças e de repaginar sua imagem pública, Ciro diz que não está disposto a “vender a alma” para ganhar as eleições. “Quero ir pra fazer história, o bom é sair popular e não entrar”, resume.



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