Cid diz que falaria 100 vezes “Lula está preso, babaca”, mas nega ofensa

Convidado para se filiar ao PT, o senador Cid Gomes (PDT) disse nesta terça-feira (21/11) que repetiria 100 vezes que “Lula está preso, babaca”, frase proferida por ele cinco anos atrás, em evento de apoio à campanha de Fernando Haddad no 2ª turno contra Jair Bolsonaro, no Ceará. Ao Jornal O Povo, Cid negou, porém, qualquer intenção de ofender Lula, então preso no âmbito da Lava Jato.

Não quis ofender o Lula, e o Bolsonaro pegou aquilo (em 2018) como se eu estivesse ofendendo o Lula. Pra mim é tranquilo. Colocada a situação, eu diria 100 vezes. Eu diria 100 vezes a mesma coisa (‘Lula está preso, babaca’)”, declarou.

Reconheça o erro”, continuou, “é muito melhor reconhecer o erro e dizer que não vai pecar mais, é como se confessa. Você admite o erro e vai se esforçar para não repetir o erro. O pior dos mundos é não querer admitir o erro, mesmo tendo consciência dele”.

Questionado se se arrependia de ter se manifestado usando essas palavras naquele ano, o ex-governador ponderou: “Veja bem, se você colocar a frase solta, isso pode parecer uma ofensa, uma agressão, uma declaração azeda. E realmente foi, mas não em relação ao Lula. Foi em relação a um grupo”. Segundo Cid, ao chegar ao local do evento em 2018, o Marina Park Hotel, “para manifestar apoio ao Haddad no segundo turno”, foi “hostilizado pelo grupo”.

FORTALEZA,CE,BRASIL,15.10.2018: lançamento da campanha pró-Haddad no Ceará, no hotel Mariana Park. Durante o encontro Cid Gomes foi vaiado por militantes que lotaram o auditório. (fotos: Tatiana Fortes/ O POVO)

Eles diziam, gritavam Lula, como se o Lula conseguisse por si só resolver essa coisa”, contou o senador, acrescentando: “Eu disse que o Lula não podia nem participar da campanha, o Lula está preso. Como as pessoas estavam sendo meio hostis comigo, eu revidei a hostilidade com o babaca. Mas o babaca era ao vaiante”.

Em Brasília ontem para participar de reunião sobre a destinação de emendas parlamentares ao Ceará, Cid afirmou ter solicitado uma agenda com o presidente da República para tratar da possibilidade de ingresso no PT, considerada por ele como uma “gentileza” que havia sido transmitida pelo ministro Camilo Santana em nome de Lula.

Fonte: O Povo

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