O TRE colocou freio na irresponsabilidade dos dirigentes de partidos e candidatos. Fez bem!. Estava insustentável a questão das aglomerações em tempos de pandemia nos municípios cearenses.
Os maiores responsáveis são os dirigentes de partidos e candidatos que, na intenção de mostrar prestígio e apoio político, financiam carreatas e caminhadas, além de comícios, com paredões de som. Algo que chega ao limite da irresponsabilidade e desrespeito à saúde pública.
Tardia, mas necessária, a decisão da justiça eleitoral põe freio a um absurdo, que cresceria ainda mais na reta final de campanha. As medidas restritivas adotadas pelo juízes de forma isolada já haviam apresentado resultados, com a redução dos casos de Covid 19 no território cearense.
A decisão do governador Camilo Santana de impedir eventos, mandar multar e proibir shows colocou a casa em ordem. A decisão do TRE já situou o Ceará entre os estados que apresentam redução nos registros de coronavírus.
Fatos políticos e planos de governo não são construídos em caminhadas, carreatas e comícios, mas, sim, por meio dos atos de campanha . Em tempo de pandemia, os meios de comunicação devem ser os canais para levar ao eleitor planos, promessas, sonhos e o debate político.
No mais poderoso país do mundo, a campanha foi restritiva. Na Europa, a segunda onda está provocando o fechamento da economia e o isolamento social, o famoso “fique em casa”, mesmo com a revolta da comunidade.
As pesquisas mostram, claramente, que um universo de 30% dos brasileiros não pretendem sair de casa para votar. O mal exemplo dos candidatos, em promover comícios e aglomerações, afastou ainda mais o eleitor, principalmente os que pertencem a grupos de risco.
Fonte: Blog do Roberto Moreira