Acredite, porque é vero: o Ceará começou a produzir tâmara – uma fruta originária do Oriente Médio e do Norte da África, rica em vitaminas, minerais e fibras. .
A produção cearense tem endereço: a geografia do município de Itarema, onde a Ouro Verde, do empresário Henrique Aragão – em sociedade com a Árbora e a Fazenda Arroz – implantou há 15 meses, em área de 7 hectares, o primeiro projeto de larga escala para a produção de tâmaras, cujos primeiros cachos alegram os investidores, e com razão: um quilo de tâmara custa hoje cerca de R$ 70.
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E já começou a ampliação da área da Fazenda Palmira – nome de fantasia do empreendimento – que ao longo deste ano ganhará mais 8 hectares.
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“Nossa expectativa é de que a produção crescerá ano a ano, de maneira que, dentro de cinco anos, alcançaremos a estabilidade com cada árvore fêmea produzindo de 10 a 20 quilos de frutas. No nosso projeto, plantamos 400 mudas por hectare, com espaçamento de 5 x 5 metros. Todas as mudas vingaram, o que revela a boa qualidade do solo, que foi bem tratado com nutrientes”, como explica Henrique Aragão.
Ele informa que seu terreno, em Itarema, tem área de 120 hectares e sua ideia é aproveitá-lo, também, para outras culturas. Aragão manda uma mensagem a quem estiver interessado em entrar no negócio: .
“Na Fazenda Palmira, além de tâmara, já estamos cultivando o mogno africano, e na ampliação do projeto de Itarema iremos inserir banana prata e açaí, também. Temos espaço para os que desejarem juntar-se a nós nesse investimento, que é de retorno garantido. Quem duvidar, é só consultar o mercado.”
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Henrique Aragão e sua Ouro Verde são os mesmos que, em uma área de 50 hectares, que serão 100 hectares dentro de 3 anos, desenvolve na Chapada da Ibiapaba um projeto sustentável de cultivo de mogno africano das variedades Khaya Senegalensis e Khaya Grandfolíola, que se adaptaram perfeitamente ao solo, à altitude de 900 metros e à temperatura média de 19 graus de Viçosa do Ceará, no Noroeste do estado, bem na divisa com o Piauí.
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É lá em Viçosa, pertinho do céu, que a Ouro Verde – dirigida por ele e pelo filho e sócio Davi – une o útil ao agradável: ao mesmo tempo em que investe numa cultura do mogno, de demorada maturação – 10 anos, no mínimo – mas de elevado e garantido retorno financeiro, Aragão assegura o permanente reflorestamento de uma área que, até 2014, sofria os efeitos da degradação ambiental. Hoje, essa área é uma bela, robusta e crescente mata verde, graças à tecnologia da integração floresta-lavoura.
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É o que vai acontecer, também, em Itarema com a plantação de tâmaras – já em processo de produção de frutas – e de mogno africano. “Vamos tornar mais bela a paisagem de Itarema”, diz Henrique Aragão, acrescentando informações importantes.
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Fonte: Diário do Nordeste