O ano de 2020 marca o décimo segundo ano que Varjota é comandada pelo grupo político do MDB, que tem a frente o empresário Glerton Paulino e sua esposa Rosa Cândida. Ano após ano, os varjotenses se acostumaram a ver, e sentir no dia a dia, as irresponsabilidades com que os administradores que passaram pelo comando do Executivo municipal trataram a coisa pública, especialmente o erário. Mas as últimas notícias oriundas do cenário jurídico prometem abalar a estrutura política local.
No mês de agosto, o casal de políticos recebeu visitas indesejadas de oficiais de justiça por processos que tramitam na Justiça Estadual e também na Justiça Federal. Na Justiça Estadual, tramita na Vara Única da Comarca de Varjota, em face de Rosa Cândida Paulino (ex-prefeita) e Glerton Paulino, a Ação Civil Pública por Improbidade Administrativa nº 060005-27.2019.8.06.0180. Nesta ação, Rosa Paulino divide com o seu esposo Glerton Paulino a qualidade de réu, diante de indícios de participação em perseguição política a servidor público, quando foi Prefeita Municipal, segundo o Ministério Público Estadual.
No âmbito da Justiça Federal, o Ministério Público Federal observou irregularidades em licitação na gestão da ex-prefeita Rosa Paulino, quando o seu marido, Glerton Paulino, era Ordenador de Despesas da Secretaria de Cultura, Turismo e Meio Ambiente de Varjota. A Ação Civil de Improbidade Administrativa tramita na 18ª Vara Federal de Sobral, sob o nº 0800603-72.2018.4.05.8103 e também mantém como réus, além de outros, Glerton e Rosa.
Ainda sem registro de candidatura, o MDB de Varjota tem problemas e se vê em um beco sem saída. Além de não levar a atual prefeita (Célia Rodrigues) à reeleição, tendo em vista a rejeição decorrente de administração apática e com irregularidades que também estão na mira do Ministério Público Estadual, o chefe político Glerton Paulino ainda se encontra na lista de gestores com contas irregulares, em virtude de julgamentos do Tribunal de Contas do Estado do Ceará.
Sobra ao grupo o nome da ex-prefeita Rosa Paulino, que esteve pelos últimos anos como assessora da prefeita Célia, e que possui indícios de prática de atos de improbidade enquanto Prefeita local, em tramitação tanto na Justiça Estadual, quanto na Federal, cujos resultados podem ocasionar, inclusive, a perda dos direitos políticos e de um eventual mandato.