A política e o preço da comida

O Brasil está de ponta-cabeça faz algum tempo. Os governantes passaram a promover debates ideológicos e esqueceram de governar. Com gestões descontroladas no país e em vários estados, o cidadão comum e a população de baixa renda estão quase impossibilitados de se alimentar com carnes, arroz, feijão e pão.

A pesquisa do Dieese, divulgada no final da semana, jogou à opinião pública um tema complexo e fundamental para o ser humano: o difícil acesso aos alimentos, por conta dos absurdos preços praticados pelos supermercados e comerciantes que atuam no setor. Os empresários acusam os produtores de elevarem os preços. Quem deveria esclarecer esse absurdo de altas? O governo, agente poderoso de fiscalização e controle.

Com a inflação acima dos 12%, uma das mais altas do Mundo, e “o liberou geral” do chamado livre mercado, a disparada de preços está em ritmo acelerado. O pó do café subiu 109% em 2022, o arroz 46%, o feijão 54%, a carne 47% o frango 36% Todos nesses quatro meses do ano. Segundo o Dieese, o brasileiro, para se alimentar do básico, gasta quase R$ 900 e o salário mínimo é de R$ 1.200. Quem ganha isso não tem mais condição de comprar o sustento da família.

O setor produtivo tem dito que o preço dos combustíveis, a pandemia que segurou a produção e a guerra da Rússia com a Ucrânia são os responsáveis pela alta de preços. Mas, por que outros países não têm essa alta de preços? Deputados, senadores e o governo federal deveriam se preocupar. A economia popular tem peso na política. Tentar se esquivar de tão grave problema terá custo alto para quem sonha com  bons resultados em outubro. De barriga vazia e a família com fome, o eleitor vai às urnas para reprovar os que estão fugindo das suas responsabilidades.

Fonte: Blog Roberto Moreira

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