Varejo esfria em abril e tem cenário de desaceleração

As vendas no varejo esfriaram em abril, depois de desempenho melhor que o esperado em março. Com os juros altos e a inflação menor, o consumo se concentrou em bens essenciais. A desaceleração, segundo economistas, indica tendência de moderação para o ano. O volume de vendas no varejo restrito teve alta de 0,1% em abril, ante março, na série com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (14/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em março, frente a fevereiro, o comércio restrito havia avançado 0,8%. Na comparação com abril de 2022, o restrito avançou 0,5%. No varejo ampliado — que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, material de construção e atacarejo —, o volume de vendas caiu 1,6% na passagem entre março e abril, já descontados os efeitos sazonais. Na comparação com abril de 2022, o volume de vendas do ampliado subiu 3,1%. Em março, ante fevereiro, o ampliado havia subido 3,7%.

As vendas do comércio recuaram em cinco das oito atividades pesquisadas no varejo restrito. Destaques negativos para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,2%), tecidos, vestuário e calçados (-3,7%), combustíveis e lubrificantes (-1,9%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,4%) e móveis e eletrodomésticos (-0,5%).

Por outro lado, registraram alta artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (1%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,2%).

Com juros altos e inflação mais baixa, as vendas de itens de maior valor agregado têm sido afetadas e o consumidor tem se concentrado mais em bens essenciais.

Fonte: Valor Econômico

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