Impasse na bancada federal pode atingir o tratamento de câncer no Ceará

Termina nesta quinta-feira (30/11), às 11h, o prazo para parlamentares do Congresso indicarem emendas ao Orçamento de 2024. Além de cerca de R$ 13 milhões em emendas individuais, os 22 deputados e três senadores do Ceará disporão de R$ 316 milhões em emendas coletivas, que precisam de acordo que reúna assinatura pelo menos dois terços de cada bancada – Câmara e Senado.

Até a noite desta quarta-feira (29/11), no entanto, seguia impasse entre cearenses sobre este segundo ponto, em racha que dividiu o senador Cid Gomes (PDT) e parte da bancada federal do Estado. Enquanto Cid defende que o grupo atenda a pedido do governador Elmano de Freitas (PT) de enviar metade dessa verba – ou seja, cerca de R$ 158 milhões – para a expansão do tratamento oncológico do Estado, parte dos deputados defende um “rateio” igualitário da verba entre toda a bancada.

ONCOLOGIA

Até a noite de ontem, tanto Cid quanto Augusta Brito (PT) se recusavam a assinar qualquer acordo que não atendesse ao pedido de Elmano “aditivando” a oncologia, o que poderia inviabilizar as emendas coletivas como um todo.

RACHA

André Figueiredo (PDT), por exemplo, quer repassar toda sua cota para a saúde de Fortaleza, “que atende a todo o Estado”. Segundo deputados, Cid estaria “irredutível”, o que joga pressão sobre Augusta por um acordo.

SEM NOVIDADE

O impasse repete histórico da bancada do Ceará, que sempre fica entre as últimas no envio de emendas coletivas no Congresso. Racha semelhante ocorreu em 2021, quando Cid articulou verbas para o Hospital da Uece.

VISÕES

Para Cid, emendas coletivas devem financiar grandes projetos que atendam a todo o Estado. Já parte dos deputados destaca a importância das emendas para o financiamento de grupos de oposição – como ocorre na Capital.

Fonte: Jornal O Povo

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