A conta dos acidentes de moto

Ceará foi o quarto estado com mais internações por acidentes de motociclistas em 2023. É muito. Houve 8.298 casos. Ficou na garupa de São Paulo, com 31.273 ocorrências; Minas Gerais na segunda posição, com 12.725 internações de motociclistas; e Bahia, com 10.626 casos. O Ceará superou o Rio de Janeiro, com 7.829 hospitalizações. Em todo o ano passado, no Brasil foram 141.792 hospitalizações, alta de 9,3% na comparação com 2022 (129.699 mil casos). Deste ano, a Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (SBTO) coletou dados de janeiro e fevereiro no Sistema Único de Saúde (SUS). Já houve 24 mil internações de motociclistas vítimas de acidente de trânsito.

Mais motos e mais acidentes. De acordo com a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), a quantidade de motocicletas nas vias brasileiras passou de 18 milhões, em 2013, para 32 milhões em 2023 – um salto de 78% em dez anos. O custo é imediato e futuro. Há um impacto atuarial.

O presidente da SBTO, Marcelo Tadeu Caiero, descreve. “Uma lesão, trauma ou amputação traz graves consequências para a vida das pessoas, como o afastamento do trabalho, muitas vezes por longo período ou por toda a vida, causando um grande impacto econômico, hospitalar, no mercado de trabalho e para a família da vítima”.

Em abril, o jornal O Povo ouviu o superintendente do Instituto José Frota (IJF), José Maria Sampaio. Ele confirmou que 70% das ocorrências de trânsito atendidas no hospital envolvem motociclistas. “Esse é, infelizmente, o padrão do IJF: adulto jovem, do sexo masculino e que estava conduzindo uma moto após ingerir bebida alcoólica

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