Facção criminosa articulava ataques a eleitores de Izolda em grupo de WhatsApp

Investigação da Polícia Civil aponta que membros de facção criminosa usavam um grupo de WhatsApp para coordenar e executar ataques contra eleitores da candidata a prefeita de Sobral, a ex-governadora Izolda Cela (PSB), que participavam de comícios na cidade da Região Norte. 

Operação da Polícia Civil do Ceará para combater ameaças a candidatos e eleitores  em municípios da Região Norte, terminou com a prisão de suspeitos e a execução de mandados de busca e apreensão. As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa nesta terça-feira (24/9).

Marcos Aurélio Elias de França, diretor da Polícia Civil no Interior Norte, explicou que a operação desta semana é desdobramento de ação anterior que resultou na prisão de um suspeito de ameaçar a candidata Izolda em uma rede social.

“Com acesso as informações do celular do elemento, devidamente deferido pelo Poder Judiciário, realizamos 17 mandados de busca e apreensão; três em presídios. Além de cinco mandados de prisão; dos cinco, dois foram executados no Ceará, outros dois alvos estão no Rio de Janeiro e seguem com mandados de prisão em aberto e um outro suspeito está foragido”.

“Havia um grupo de WhatsApp criado com o objetivo específicos de atacar os eleitores da candidata que participavam de comícios. Atingir com rojões, articular como fazer ataques, a forma, o local. Extraímos essas informações do aparelho, que embasaram o pedido de prisão dos elementos”, explicou.

A Polícia relatou ainda que ocorreram vários atentados a eleitores da candidata Izolda. “Inclusive, pessoas saíram feridas e acaba criando-se um clima de medo, mas com a prisão dos elementos e com essa operação de hoje, o pleito foi pacificado e as pessoas terão plena segurança de votar”, projetou.

A investigação reforçou que os envolvidos atuavam tanto no planejamento quanto na execução de ataques. “É um grupo criminoso, fazem parte de um grupo de origem carioca (Comando Vermelho). Esse grupo no WhatsApp foi criado com o fim específico de agredir e evitar que pessoas participassem de comícios de Izolda”, concluiu.

Marcos Aurélio, comentou ainda denúncias de que facções estariam cobrando “pedágio” para permitir que candidatos realizassem campanha em determinados locais pelo Estado e ressaltou a importância de que eventuais vítimas da prática procurem as forças de segurança.

“Estamos investigando essa situação e o que eu apelo é que quem esteja sofrendo com esse tipo de extorsão, comum a candidatos a vereador e prefeito, que denuncie. A Polícia Civil está com toda a inteligência trabalhando para combater esse tipo de crime e impedir que isso aconteça. A mensagem principal é, deixar o eleitorado e os candidatos seguros para entrar em todos os bairros e para que a campanha siga normalmente”, finaliza.

Fonte: Jornal O Povo

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